segunda-feira, 1 de março de 2010


Na verdade, isto é um espectáculo. Uma inauguração, uma vernissage, um pequeno concerto de teatro. Um grande medley, uma sucessão de covers, um best of de tudo o que nos fez. Mas é um espectáculo. Um espectáculo pensado, concebido, divulgado. Uma coisa que se serviu de mil e uma coisas até ao dia de hoje. Postais, sinopses, blogs, posts no blog, cartazes, e-mails, convites, pedidos de apoio, patrocínios... Foi uma espécie de coisa que nos ocupou a cabeça mesmo antes de ser, mesmo antes de começar a despontar e a mostrar o que é que poderia vir a ser. Gastámos neurónios com isto, até podem dizer mal gastos, não interessa, mas gastámos, e o que interessa é gastar, gastámos volts de electricidade, pixeis, bits, utilizámos vezes sem conta frequências rádio… Quer dizer… ainda nem a procissão vai no adro e já falamos como se esta coisa existisse e mandasse em nós e conduzisse a nossa fala e nos obrigasse a referir x y e z e modulasse a nossa voz, marcasse as nossas respirações, ditasse o ritmo do nosso bater do coração, como se tudo de repente se orientasse para essa coisa e nos deixasse obcecados.

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